Yoga, da qualidade de vida à auto-realização
Yoga, da qualidade de vida à auto-realização.
Uma das definições de Yoga pode ser: “O YOGA é muito mais que um conjunto de técnicas que visam promover a qualidade de vida, é uma completa filosofia prática de vida, em que o praticante desenvolve o autoconhecimento, desenvolvimento interior e auto-aperfeiçoamento pessoal, e é capaz de conduzir o ser humano à auto-realização plena, num estado de felicidade constante, incondicional e inefável”.
A qualidade de vida, a saúde, a vitalidade, a concentração, o gerenciamento do stress e da ansiedade, são uma conseqüência da prática regular do Yoga, que vai além de somente exercícios de respiração, técnicas corporais, relaxamento e meditação. Se o praticante optar, pode respirar Yoga, alimentar-se de Yoga, dormir Yoga, trabalhar Yoga, relacionar-se com o mundo na ótica do Yoga, por isso preferimos chamar Yoga como filosofia prática de vida.
Ao praticarmos Yoga nossa energia aumenta, a concentração melhora, o índice de flexibilidade e força amplifica-se, o nível de vitalidade exacerba-se, o funcionamento da digestão, metabolismo e sistema nervoso flui natural e reguladamente, a respiração é melhorada, e muitos outros benefícios são percebidos. Logo, nota-se que o rendimento no trabalho e nos estudos, ou esportes melhora e a disposição para tarefas do dia-a-dia passa a ser maior. Despertamos para hábitos e tendências mais saudáveis na alimentação, nos cuidados com o corpo, com a mente e com as emoções.
É no conjunto de benefícios, necessários à evolução do praticante, associados à prática constante das técnicas já citadas, mais algumas condutas éticas de relação com o planeta, com o cosmo, com a sociedade e consigo mesmo, (yámas e niyámas), que se apóiam os objetivos e fundamentos do Yoga: O autoconhecimento, o auto-aperfeiçoamento e a auto-realização como ser humano.
É um pouco estranho ao nosso entendimento teórico e grecofilosófico que, um combinado de constantes práticas respiratórias, corporais, de relaxamento e meditação, mais os resultados das tais técnicas, que são: benefícios físicos, orgânicos, psicológicos, e, algumas observações de conduta ética, possam conduzir o ser humano ao autoconhecimento e auto-realização plena, ou ainda mais, levar o homem a um estado de consciência e percepção existencial alterada, onde se revelam as respostas para as mais antigas dúvidas da Humanidade: “Quem sou eu?” “Como busco a felicidade incondicional?”
“O que Eu represento perante o Universo?” “Qual meu “papel” na vida?” “Porque existe esse “vazio”, mesmo tendo uma vida financeira, afetiva, intelectual e cultural razoável?”...
Estas, e outras dúvidas, que em algum momento da vida levantamos, são desvendadas com a prática-filosófica do Yoga. Pois, foi com essa finalidade que tal filosofia surgiu há mais de 5.000 anos atrás, na Índia. Muitos mestres iluminados que alcançaram o Samádhi, a meta da prática do Yoga e após o objetivo do Yoga, o kaivályam, (descondicionamento existencial pleno), relatam o tal estado de consciência e “existência” como “...uma bem-aventurança constante, repleta de sabedoria cósmica e amor incondicional...!”